Relacionamento

 A mãe

Minha mãe é o tipo de pessoa que se diz feliz da vida, pelo menos é o que parece. Tudo bem a aparência não é tudo, mas o fato é que ela passa alegria e consequentemente confiança.
Mas não sei como dizer isto a vocês, mas seria possível numa mesma pessoa encontrar-mos confiança e insegurança?
Digo isto por que ela passa confiança, pelo menos pra mim, e muita vez teme a tudo e a todos. Complexo não é?
Deixe-me tentar explicar melhor, ela tem um espírito muito jovial, esta sempre alegre, nunca vi minha mãe acordar de mau humor (o que não acontece comigo) gosta de coisas diferentes, como uma comida especial, uma roupa alegre, etc.
Tenta agradar a todos com igualdade, quando é com seus filhos então nem se fala, faz de tudo para nos mimar, chegando ate deixar de pensar nela mesma.
E aí é que esta a outra parte da questão, quando o assunto é ela, ela muda, passa a ser insegura não faz nada se não pedir a nossa opinião.
Diferente do nosso pai, ela acredita que os “males do mundo” possam nos atormentar, ela sofre eu sei.
Quando penso nela, sempre vem a imagem de um choro, talvez de preocupação, de tristeza ou de saudade, não sei, mas ela nunca fala, nesse momento se cala, e porem de alguma forma mágica, o choro some e o sorriso volta a estampar naquele rosto meigo que ela tem.
Está ai, meiguice*, e a palavra que a define perfeitamente, e nenhum momento da minha vida, eu a vi reclamando com meu pai, brigando sem motivo com meus irmãos, ou dando carinho em troca de algo. Ela é simplesmente Mãe.




* Meiguice [De meigo + -ice.] Substantivo feminino. 1. Qualidade, ato ou dito de meigo; carinho, ternura. 2. Doçura, brandura, suavidade. ~ V. meiguices.
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 O pai

Baile de formatura: pai e eu

A criação de meus irmãos e a minha, é óbvio, foi a criação que ele recebeu. Se pai pra ele era aquele que sustentava a família e a defendia de “todos os males” do mundo, então ele fez sua parte muito bem.
Lembro-me dele com aquela roupa suja do trabalho de marceneiro com pó de serra ate dentro dos bolsos. Chegava com sua bicicleta de um lugar tão distante que eu ousaria em ir sozinha. Pegava sua marmita ainda com algumas sobras e comia enquanto se preparava para um banho.
De longe eu só observava aquele cara tão familiar e as vezes estranho, perdido em suas preocupações.         
Muitas vezes a novela era sua companheira, mas como muita gente ele também tinha como companhia, a bebida.
Aprendera com o pai que aprendera com o avo.
Havia semanas que ele não aparecia no horário de sempre, chegava tarde e com um ar de quem tinha comprado uma camisa nova, sei lá.
Nesse momento ele ficava lá no mundinho dele, nós, os filhos e esposa contentávamos, às vezes, com os doces trazidos por ele.
Lembro-me ainda que apesar de estranho, ele ainda conseguia nos conquistar, aos finais de semana, levava com ele, meus irmãos e eu aos bares, lugar que atiçava nossa imaginação na hora das brincadeiras, eram tantas cores, números e formas... Nessa hora nosso pedido era uma ordem, doce, salgado, bala e refrigerantes, nossa quantas opções! Embora para ele houvesse apenas uma: o álcool.
Nao sabia na epoca, mas talvez o motivo de ir ate lá fosse beber e unidos na bebida, compartilhar experiencias e rir a toa, muitas vezes com os mesmos amigos, outrora com amigos recem feitos, isso so pude entender mais tarde.
            Após 20 anos, a vida continua. Sua criação é nossa criação, ele ainda reluta em ser aquele que sustenta e protege sua família, a única diferença e que nos tornamos companheiro de bebida, de conversas e principalmente de suas preocupações...
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Os irmãos

Edu e Dé- meus brothers
Quando nasci meu irmão Eduardo já tinha 6 anos, meio que invadi o espaço dele, que ate então era o filho e neto único.
A única coisa que sei desta época e o que me contam, por isto seria melhor que le mesmo diga a vocês.

“...”
Quando meu irmão André nasceu, eu não tinha completado nem dois anos, fator que nos fez frequentemente sermos confundidos como gêmeos.
Minha mãe, para variar, conseguia vestir-nos muito parecidos, dava até para entender, as roupas provinham de lojas que geralmente faziam peças por atacado.
Somente por volta dos 8 ou 9 anos que nos afastamos um pouco, ou melhor, muito, a tal ponto que muitos professores da nossa escola não sabiam que éramos irmãos.
Enquanto, minha convivência com meu irmão mais velho se distanciava, o mais novo era trocado pelas minhas novas amiguinhas que fizera na escola primaria.
Não nos reconhecíamos mais, Eduardo buscando gatinhas, André em seu mundo cheio de guerreiros e eu mergulhada num mundo juvenil, com seus joguinhos, descobertas e ilusões.
Na minha adolescência, voltamos a nos falar e nos entender, Eduardo agora casado com a Elisa, André concentrado no que se tornaria seu vicio, o videogame, e eu enfiada nos trabalhos escolares.
Para falar a verdade não me lembro de quando nos tornamos amigos, só sei que hoje parece que temos a mesma idade, fazemos programas de finais de semanas juntos, gostamos dos mesmos filmes e, por respeito a  nossos pais, buscamos estar em harmonia, o que entre irmãos isto às vezes se torna difícil.
Compartilhamos “talvez”a mesma carga genética, mas não os sonhos... Eduardo é mais estável financeiramente e mais enérgico, André  muito calmo e ainda esta descobrindo a que veio, e eu,  ainda confusa me questiono sobre esse grupo chamado família. 
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Amigos: o andar em bando




São eles que nos contagiam, sabem a maneira certa de nos entender, e nos aceitar como somos e agimos(instintos)
Geralmente seus instintos andam de mãos dadas com os nossos. 





Citarei Vinicius de Moraes, para exemplificar o que essa pessoinha, e qualquer outra que venha se tornar meu amigo de verdade significa pra mim... 



 
Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto
e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor,
eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos,
enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.


E eu poderia suportar, embora não sem dor,
que tivessem morrido todos os meus amores,
mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos !
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos
e o quanto minha vida depende de suas existências ... 
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. 
Mas, porque não os procuro com assiduidade,
não posso lhes dizer o quanto gosto deles.
Eles não iriam acreditar. 

Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem
que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. 
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro,
embora não declare e não os procure. 
E às vezes, quando os procuro,
noto que eles não tem noção de como me são necessários,
de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital,
porque eles fazem parte do mundo que eu,
tremulamente, construí,
e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho, porque essa minha prece é,
em síntese, dirigida ao meu bem estar.
Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.


Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos,
cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim,
compartilhando daquele prazer ...
Se alguma coisa me consome e me envelhece
é que a roda furiosa da vida
não me permite ter sempre ao meu lado,
morando comigo, andando comigo,
falando comigo, vivendo comigo,
todos os meus amigos, e, principalmente,
os que só desconfiam
- ou talvez nunca vão saber -
que são meus amigos!

Fa a irmã que pude escolher

A gente não faz amigos, reconhece-os.
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Os outros

          Primos, tios e avós, quem são estes que não moram comigo e que cativa. Toda esta nomenclatura me confunde às vezes.
            Não posso negar que tenho tios que são tão importantes que chego a considerá-los irmãos, enquanto outros não os reconheço nas fotos de final de ano.
            Gostaria de conviver mais com meus primos, mas infelizmente nos vemos somente no Natal, ou em fotos pela internet. Fico feliz ao ver que eles cresceram, mas triste ao perceber que aquela pessoa abraçada a ele na foto não sou eu, onde eu estava? Vivendo a minha vida é claro, assim como eles vivendo a deles.
            Não aceito o fato de meus tios terem mais respeito a um estranho do que a mim, tudo bem, confesso que tenho minha parte de culpa, não faço nada para me aproximar, nem quero, sabia?
            Começo a entendê-los, sou uma estranha para eles e eles para mim, talvez não seja o parente que eles esperam, mas grandes coisas, parente?! Talvez fosse melhor se nem fossemos, a intimidade provoca a sinceridade e quem aqui gosta de ouvir a verdade?
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Aos amigos
Olá meus amigos.
As vezes sinto medo de não saber o que dizer a vcs

Mas resumindo seria + ou - Isto

As vezes lembro de momentos com vcs, tenho sim carinho por vcs (de formas diferentes mas tenho) Hj mesmo vendo meus videos, lembrei de meus amigos (de blog/orkut/facebook/msn/twitter/etc) Entao fika a mensagens a todos vcs q fazem parte da minha vida.

Obs: espero q entendam o recado, Oro por vcs.

Prayer for a friend (Oraçao por um amigo)